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Arquipelago de Origem:
Florença
Data da Peça:
1475-00-00
Data de Publicação:
13/02/2025
Autor:
Andrea della Robbia
Chegada ao Arquipélago:
2025-02-13
Proprietário da Peça:
Museu Metropolitano de Nova Iorque
Proprietário da Imagem:
MET
Autor da Imagem:
MET
Prudência do túmulo de D. Jaime de Portugal do MET, cerâmica policromada de Andrea della Robbia, 1475(c.), Florença, Itália

Categorias
    Descrição
    Prudência do túmulo de D. Jaime de Portugal.
    (1433-1459)
    Cerâmica policromada e vidrada, 164,5 cm.; 417,3 kg.
    Andrea della Robbia (1435-1525), 1475 (c.)
    Tondo encomendado para a capela tumular de D. Jaime de Portugal (1433-1459), o Cardeal de Portugal, projeto de Antonio Manetti (Ciaccheri) (1404-1460), refeito por Leon Battista Alberti (1404-1472) e executado por Bernardo Rossellino (1409-1464), com cerâmicas de Andrea della Robbia (1435-1525) e frescos de António (1429-1498) e de Piero Pollaiolo (1443-1496), 1460, no convento de San Miniato al Monte, Florença, Itália. Do inicial conjunto das Virtudes Cardeais, as duas da Temperança e da Justiça pertencem ao Musée de Cluny, Paris e encontram-se no Chateau Ecouen, dedicado ao Museu do Renascimento e a Fé, encontra.se no Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa.
    Fotografia divulgada quando da exposição Della Robbia: Sculpting with Color in Renaissance Florence da National Gallery of Art, Washington, 5 fev. a 4 jun. 2017,  de colaboração com o Museum of Fine Arts, Boston.
    Museu Metropolitano de Nova Iorque, Purchase, Joseph Pulitzer Bequest, 1921, Inv. 21.116, NY, USA.

    Dom Jaime de Portugal (Lisboa ou Coimbra, 17 set. 1433; Florença, 27 ago. 1459), sendo filho do infante D. Pedro de Portugal (1392-1444), duque de Coimbra e de sua mulher, Isabel de Urgel (1409-1469), logo, neto de D. João I (1357-1433). Conseguiu fugir após a batalha de Alfarrobeira, em 1444, onde o pai faleceu e refugiou-se na Flandres, sob a proteção da tia D. Isabel (1397-1471), duquesa da Borgonha, que o encaminhou para Roma, sendo arcebispo de Lisboa, embora a governando por vigário e de Arras, a célebre cidade das tapeçarias, então incluída na Flandres. Falecendo em Florença, muito novo, o seu túmulo na abadia de San Miniato al Monte é uma das joias do Renascimento Italiano.
    A famosa oficina della Robbia nasceu com Lucca della Robia (Florença, 1399/1400; idem, c. 1482) que foi um afamado escultor, autor do púlpito da catedral de Florença, 1431 a 1438, para além de outros trabalhos. Segundo Giorgio Vasari (1511-1574), Luca nasceu no ano de 1399 na casa dos seus antepassados, que se encontrava debaixo da igreja de São Barnabé de Florença, entretanto ampliada. Viria, entretanto, a montar uma florescente oficina de cerâmica policromada com o sobrinho Andrea (1435-1525) e, depois, os netos Giovanni (1469-1529), Luca, o jovem (1475-1548) e Girolano della Robbia (1488-1566), que projetariam a família para a eternidade ainda se fazendo cópias dos seus trabalhos. Na mesma altura da florescente oficina Della Robbia existiu ainda a de Benedetto Buglioni (c. 1460-1521), filho do também escultor Giovanni di Bernardi e que tendo sido aprendiz na oficina Della Robbia, veio a montar oficina própria. Menciona também Vasari, que esta oficina teria recorrido a uma mulher que tendo trabalhado na oficina dos Della Robbia, levou os segredos da faiança policromada para a nova oficina, o que parece algo rebuscado para ser credível. Nesta nova oficina trabalhou depois o provável neto ou sobrinho-neto de Benedetto, nascido Santi de Michele (Florença, 25 nov. 1494-27 nov. 1597), que usou depois o nome de Santi Buglioni.